Hoje vamos abordar um assunto extremante delicado para muitos casais: religião e sexualidade.
Homens e mulheres, durante a juventude do namoro ou após o casamento permanecem com dúvidas e medos sobre sua sexualidade, individual e com seu par.
Para esclarecer alguns mitos e tabus sobre a relação da religião e sexualidade, procuramos compilar um conteúdo que será dividido em duas partes.
A primeira, que trazemos hoje, abordando como os dogmas de uma religião impactam com o conceito de sexualidade no casamento.
E também como o casal pode se preparar para viver em paz consigo mesmo e com sua crença, de forma prazerosa sem estar ou se sentir em pecado.
A segunda parte, será mais específica, iremos trazer à você formas que podem ser usadas para manter a atração sexual dentro do casamento.
Saiba como estimular sua parceira para que o momento de prazer seja aproveitado sem culpa e em comunhão com os objetivos de sua comunidade religiosa, de acordo com cada religião.
Também iremos trazer informações úteis sobre como tratar sua sexualidade e religião de forma individual, principalmente para os homens que precisam encarar o caráter masculino (viril) somado ao caráter religioso.
A relação da religião e sexualidade não precisa ser tratado como tabu.
Há muito tempo, homens e mulheres buscam o equilíbrio entre os princípios particulares e os princípios religiosos.
Neste artigo iremos tentar trazer uma luz e esclarecer as coisas para os que buscam aprovação ou simplesmente uma informação, nunca lhes concedida antes.
Religião e Sexualidade sempre trocaram alguns tapas
O sexo é uma condição social, moldada pela cultura local. Já as crenças e valores determinam a conduta íntima de mulheres e homens.
Sem o sexo a raça humana não teria se disseminado pelo mundo e constituído descendência ao longo dos milhares de anos.
É muito sutil o comportamento aceito quando se fala em religião e sexualidade.
Para determinadas religiões o sexo pode ser liberal em certos pontos, quanto em outras, pode ser totalmente impraticável se não for exclusivamente para reprodução.
Por exemplo, na Antiguidade entre os séculos III e V, o sexo era tão abominado pela Igreja que o casamento continente (sem sexo) era considerado o matrimônio ideal para os fiéis.
Muitos seguidores da religião ainda praticavam peregrinações e penitências com o intuito de afastar-se dos desejos do corpo e da tentação humana.
Durante a Idade Média apoiava-se intensamente o amor unilateral e único: apenas Deus era merecedor do amor humano sem que este (o homem) esperasse nada em troca.
O homem e a mulher amavam somente a Deus e não existia a concepção de união por amor entre os cônjuges, o sexo era praticado somente por reprodução da espécie.
A cada época da história humana, religião e sexualidade eram definidos por potências religiosas que desejavam o poder local e influência sobre os fiéis.
Esta era uma forma de obter o controle da massa populacional (somado ao fato de ninguém, além do alto clero, saber ler e escrever).
Religião e sexualidade na Humanidade
Com o passar da história, a concepção de Amor foi aceita com mais facilidade, mas em todos os períodos, o sexo foi tratado como um tabu e uma prática refutada pela religião, principalmente para as mulheres.
Em determinado momento do desenvolvimento da humanidade, o homem deixou de ser parceiro para ser dominante, inocente de que essa condição iria lhe provocar cobranças de fatores psicológicos no futuro.
O que podemos perceber sobre o amor e o sexo, como sobre qualquer outra coisa na vida, é que há sempre um grupo vanguarda gerando comportamentos que viram modelo a ser seguido e determinam conceitos.
Com a chegada dos anos 70 (uma década carregada de percepções negativistas) a liberdade sexual conquistou um espaço enorme na sociedade, para homens e mulheres, entrando em choque intenso com os conceitos religiosos.
Hoje, os jovens do terceiro milênio vivem outros padrões de comportamento, quando discutem abertamente a sexualidade através dos veículos de comunicação e a sociedade já aceita comportamentos antes não aceitáveis.
Só refletindo sobre a mentalidade de épocas passadas, é que se transpõem os preconceitos e dificuldades presentes. Para se libertar do passado, precisa-se antes, que se dê atenção a ele.
A relação entre homens e mulheres vem sendo modificada e assim, está também sendo modificada, a visão sobre o amor, o casamento e o sexo.
Religião e sexualidade já podem ser melhor discutidos com foco no conhecimento e não na depravação.
Religião e Sexualidade precisam ser entendidas
Procurando informações em diversos meios religiosos, com profissionais teólogos e representantes de comunidades de diversas religiões, constata-se que buscar conhecimento e buscar se conhecer é a única maneira que o ser humano consegue para não se deixar ser ignorante.
O homem e a mulher só podem se conhecer em sua plenitude humana e divina buscando informações.
Seja com profissionais teólogos ou através da sua comunidade religiosa, esclarecimentos e aprendizado bíblico sobre o sexo para que estejam em sintonia consigo mesmo e com Deus.
Dessa forma você poderá se sentir melhor guiado de acordo com a doutrina em que acredita.
Mas se você buscar dentro da própria bíblia, muitos pastores, padres, líderes religiosos e teólogos, afirmam que não há nenhuma passagem no livro que condene a prática do sexo.
Havendo comum acordo entre homem e mulher, “que um não negue o outro” quando ambos buscarem sua felicidade conjugal, o sexo é um presente de Deus aos que firmaram matrimônio.
O que a Bíblia realmente diz sobre o Sexo
Em vez de proibir o prazer sexual, a Bíblia mostra que ele é um presente de Deus para as pessoas casadas.
Ao criar os humanos, Deus os fez “macho e fêmea” e viu que sua criação era algo “muito bom”. (Gênesis 1:27, 31).
Quando instituiu o casamento entre o primeiro homem e a primeira mulher, Deus disse: “Eles têm de tornar-se uma só carne. ” (Gênesis 2:24)
Esse vínculo incluía o prazer da intimidade sexual, bem como um profundo apego emocional.
A Bíblia descreve o prazer que o marido encontra no casamento da seguinte forma:
“Alegra-te com a esposa da tua mocidade. Inebriem-te os seus próprios seios todo o tempo. Que te extasies constantemente com o seu amor. ” (Provérbios 5:18, 19)
Deus também quer que a esposa tenha prazer no sexo. A Bíblia diz:
“O marido e a esposa devem satisfazer as necessidades sexuais um do outro. ” (1 Coríntios 7:3)
A Religião restringe o Prazer Sexual?
Deus restringe as relações sexuais apenas aos casados, conforme Hebreus 13:4 declara:
“O matrimônio seja honroso entre todos e o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os fornicadores e os adúlteros. ”
Os casais precisam ser fiéis e estar comprometidos um com o outro.
Eles encontram o maior de todos os prazeres, não por procurar satisfação egoísta, mas por aplicar o princípio bíblico:
“Há mais felicidade em dar, do que há em receber. ” (Atos 20:35)
Atentem-se porém que, de acordo com a Bíblia,
“aqueles que fazem sexo antes do casamento põem em risco a sua amizade com Deus. ” (Colossenses 3:5, 6)
Certas culturas toleram atividade sexual entre adultos não casados quando há consentimento mútuo.
Em alguns lugares, é considerado aceitável que adolescentes solteiros se envolvam em alguma forma de intimidade sexual.
Quando se fala de práticas sexuais imorais, a Bíblia menciona, além da fornicação, “impureza” sexual e “conduta desenfreada”. (2 Coríntios 12:21).
Assim, existem várias formas de intimidade sexual que ofendem a Deus quando praticadas fora do casamento, mesmo que não cheguem a ser relação sexual.
Segundo a Bíblia, a intimidade sexual está restrita ao homem e à mulher casados um com o outro. Ela também condena o “cobiçoso apetite sexual”. (1 Tessalonicenses 4:5)
Então, o que não pode?
Considere o exemplo: um casal de namorados talvez decida não ter relações sexuais antes do casamento.
Mas, se permitem outras intimidades sexuais. Por fazer isso, estão cobiçando, ou desejando, algo que não lhes pertence. Isso seria um “cobiçoso apetite sexual”.
Essa ganância sexual é condenada pela Bíblia. (Efésios 5:3-5)
Alimentar a mente com pensamentos imorais também pode levar à imoralidade sexual. (Romanos 8:5, 6).
Assim, é sábio evitar músicas, vídeos, material impresso e qualquer outra coisa que promova conduta e relações sexuais que ofendem a Deus. (Salmo 101:3). Aqui entra o conceito de fornicação e perversão sexual.
Essas passagens não foram retiradas ao acaso da bíblia, essas são as principais passagens que falam sobre a relação sexual entre um homem e uma mulher.
Você pode pedir ao representante religioso de sua comunidade para discutir com você sobre o conteúdo e obter uma orientação mais abrangente.
É interessante também entender outras interpretações sobre o que a bíblia diz a respeito, afinal, não queremos promover aqui uma versão unilateral e subversiva sobre o assunto.
Queremos instigar os casais a buscarem sua felicidade plena, física e espiritual, entendendo de uma vez por todas que é permitido conversar e buscar entender a sexualidade.
5 Formas Imaculadas para entender Religião e Sexualidade
Para saber como obter mais informações sobre o tema dentro da relação, sendo casados ou não, selecionamos 5 formas que o casal pode buscar para estar em comunhão plena de acordo com sua crença.
#1. Conversar é sempre recomendado
Independente da religião do casal, conversar é sempre a primeira alternativa para solução de qualquer problema.
Se vocês fazem parte da mesma religião o primeiro passo é se unirem nos estudos bíblicos para se alinharem no conceito da sexualidade e religião praticada por vocês.
#2. Busque um tutor
O representante da igreja, um orientador sexual da comunidade religiosa, aquele pastor ou padre mais receptivo e aberto para discutir o tema.
Ele pode trazer um conhecimento específico que só ele (com tantos anos de estudo) teve acesso na sua formação.
#3. Grupos de discussão
grupos locais ou virtuais que discutam abertamente a sexualidade e religião pode promover o autoconhecimento e o entendimento da interpretação alheia.
Isso é muito bom, pois promove o conhecimento que citamos mais acima, que todo ser humano deve buscar para entender o mundo à sua volta.
Dessa forma, evitamos a corrupção espiritual e não nos sentiremos culpados por causa de mitos e tabus desnecessários.
Dica extra: aproveite o contato com pessoas de outra religião, a bíblia também não discrimina este contato.
#4. Ouça seu coração
Se a sua comunidade religiosa é mais liberal e permite determinadas práticas sexuais que outras não permitem, estando em matrimônio, existe uma regra geral.
Via de regra, todos os guias espirituais dizem que, se você não se sente em paz em seu interior, não é aconselhável praticar o que você não deseja.
Como consta na passagem:
“Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência. ” Coríntios 7:5
#5. Procure conteúdo orientado
Hoje existem diversos conteúdos de cunho didático e não pornográfico, mesmo na internet.
Para que o casal que vive de acordo com os dogmas de sua religião possam se expressar e tirar dúvidas sobre a religião e sexualidade.
Religião e Sexualidade da forma correta
Dessa forma encerramos a primeira parte do nosso artigo sobre religião e sexualidade, com a intenção de aliviar o peso de culpa que muitos casais carregam com medo de se descobrirem intimamente.
Nenhum casamento deve acontecer ou girar em torno do sexo, devido alguns casais se unirem com esse intuito a sociedade religiosa acaba criando aversão à sua prática.
Um casamento deve ter prazer, carinho e respeito.
Na comunidade religiosa, quem se une no matrimônio com propósito sexual está sujeito à grande infelicidade conjugal.
Este ato estará indo contra o que Deus determinou para que homem e mulher “sejam uma só carne”.
O casal deve estar unido, antes de tudo, pela amizade. Um deve ser parceiro do outro.
Não deixe de acompanhar o blog, pois no próximo artigo você saberá as formas de obter prazer no casamento sem se sentir em pecado.
Buscamos algumas dicas com líderes religiosos de diversas crenças para entender o universo de devoção religiosa e como a religião e sexualidade são tratadas para orientar os casados em busca de sua felicidade e intimidade.
Nos falamos em breve. Um abraço.