Sintomas de DST: Como tratar as doenças sexualmente transmissíveis
As DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) são doenças transmitidas através do ato sexual. Neste artigo, você vai saber mais sobre elas, os sintomas, tratamentos e como se proteger.
Como já dito acima, as DSTs são doenças transmitidas principalmente através das relações sexuais ou quando há o contato dos agentes causadores da doença com as regiões genitais e, em casos específicos, mucosas da boca.
São transmitidas por qualquer tipo de contato sexual, seja pênis/vagina, anal ou mesmo oral. Engana-se quem pensa que sexo anal ou oral não oferecem riscos de transmissão das DSTs.
Inclusive, há casos em que certas doenças sexualmente transmissíveis são contraídas pelo próprio beijo, através da saliva ou de feridas labiais. No entanto, a maior incidência da transmissão destas doenças, é mesmo oriunda do ato sexual.
Quais as formas de contágio
A principal forma de contágio é pela relação sexual desprotegida. No entanto, existem outras formas, algumas até raras, que podem ter a incidência do contágio, como:
- O beijo (como já dito acima, através da saliva e/ou feridas labiais);
- Gravidez/parto: a mãe, contaminada, transmite a doença ao bebê;
- Banheiros e locais públicos não higienizados: bacia, torneiras, maçanetas, entre outros locais que tenham sido tocados por pessoas doentes. (Com a mão contaminada, por exemplo, ao tocar seu órgão genital, você pode estar se autocontaminando);
- Objetos sexuais contaminados: brinquedos, masturbadores/vibradores, etc., não higienizados adequadamente, podem transmitir também doenças sexuais.
Se você tem dúvidas específicas sobre as DSTs e quer aprofundar sobre algum tema, saiba que o site brasilescola.com apresenta maiores orientações sobre o assunto. Dá uma conferida.
As principais causas das DSTs
São doenças causadas por microrganismos como os vírus, as bactérias, os protozoários, entre muitos outros. Claro que cada doença tem o seu agente causador e as manifestações da mesma também são diferentes.
Existem patologias que não possuem qualquer sintoma, mas o indivíduo, mesmo assim, está contaminado e transmitindo para seus parceiros (as).
Conheça dicas e cuidados para evitar a transmissão das DSTs. Esta matéria fala sobre o assunto ejaculandocomcontrole.com.
Abaixo, fique por dentro das principais DSTs e seus agentes causadores:
- Cancro: bactéria Haemophilus ducreyi;
- Sífilis: bactéria Treponema pallidum;
- Gonorreia: bactéria Neisseria gonorrhoeae;
- Clamídia: bactéria Chlamydia trachomatis;
- Herpes: vírus HSV tipo 2;
- HPV: Papilomavírus humano;
- AIDS: vírus HIV;
- Tricomoníase: protozoário Trichomonas vaginalis.
A proliferação da doença acontece porque nossos anticorpos, sozinhos, não conseguem combate-la e, a partir daí, surgem as manifestações e sintomas de cada uma das DSTs. Estes sintomas, se nenhum tratamento for feito, tende a evoluir e, em alguns casos, pode levar à morte.
Os sintomas de uma Doença Sexualmente Transmissível
É preciso salientar que algumas pessoas podem não desenvolver os sintomas de uma DST, ainda que contaminados.
Assim, se você estiver envolvido em algum fator de risco, se teve relações desprotegidas ou mesmo se troca constantemente de parceiros (as), é sempre aconselhável consultar seu médico para que exames relacionados sejam feitos.
A responsabilidade por transmitir uma DST, independentemente se você sabe ou não da presença dela, é sempre sua. Fique atento!
No mais, das doenças que se manifestam, você pode ter diversos sintomas diferentes:
- Muita dor ao urinar;
- Coceira intensa, vermelhidão;
- Corrimentos, sem motivo aparente;
- Vontade excessiva de urinar, sem motivo aparente;
- Sente dor nas relações sexuais;
- Surgimento de feridas ou lesões quando do ato sexual;
- Mesmo com uma higienização correta, a presença constante de odores;
- Verrugas genitais;
- Dores na parte de baixo da barriga, sem motivo aparente;
- Bolhas no pênis (você sente coceira no pênis? Saiba então quais são as 6 principais causas do problema no site homemdesaude.com.br).
Qualquer um destes sintomas isolados ou em conjunto, procure imediatamente o seu médico. Ao se detectar uma doença precocemente, as chances de cura serão bem maiores.
Dê atenção às DSTs. Elas podem evoluir para outras consequências, como:
- Impotência sexual;
- Infertilidade;
- Desenvolvimento de tumores malignos (câncer);
- Mutilação do órgão;
- Óbito do paciente com a doença.
A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo tem um link que orienta mais sobre as DSTs e seus sintomas. Confere lá.
Como é realizado o diagnóstico das DSTs
É possível realizar um diagnóstico prévio apenas com análises clínicas. No entanto, normalmente, serão necessários outros exames pertinentes, como o hemograma, por exemplo, para se ter uma maior precisão do vírus ou microrganismo invasor.
Deste modo, detecta-se os vírus, bactérias, etc., que estão presentes no organismo do paciente e, assim, indica-se o tratamento mais adequado. Não faça autodiagnósticos com base em prováveis sintomas desta ou daquela doença e muito menos se automedique. Procure sempre orientações médicas apropriadas.
Os tratamentos relacionados às DSTs
A primeira coisa que você precisa pensar e fazer é mesmo consultar seu médico. Após o diagnóstico, ele poderá indicar os melhores tratamentos para o seu caso em específico. Em “específico” porque as doenças podem ter manifestações diferenciadas em cada ocorrência.
Além disso, é necessário analisar o grau de evolução das DSTs conforme cada paciente. Isto quer dizer que nem sempre a mesma doença terá os mesmos medicamentos para este ou para aquele paciente e só o médico pode indicar qual é o mais apropriado.
Qualquer doença e principalmente as transmissíveis sexualmente, se tratadas de forma inadequada, podem ter seu quadro evolutivo agravado, com riscos à vida, inclusive.
Portanto, consulte seu médico e siga rigorosamente o que ele lhe indicou. Normalmente as DSTs são tratadas a partir de dosagens de antibióticos, antifúngicos e algumas outras substâncias que possam reverter o mais rapidamente possível os sintomas da doença, até que se alcance a cura.
Se o tratamento, por qualquer motivo, for interrompido, as consequências podem ser graves e, inclusive, você pode ter que trocar de medicamentos, etc., para um mais forte e intenso.
Em casos mais graves, pode haver alguma intervenção cirúrgica, mas muito raramente. Doenças sem cura, como a AIDS, por exemplo, requerem tratamentos diferenciados.
Mesmo sem cura, é possível, seguindo à risca os medicamentos ministrados, viver normalmente com a doença, graças a avanços significativos em drogas e outros métodos que auxiliam no controle da AIDS.
A sífilis também é uma doença muito grave, principalmente se não diagnosticada a tempo e tratada corretamente. Você sabia que o Brasil está vivendo uma epidemia de sífilis? Saiba mais sobre o assunto nesta matéria machodeverdade.com.
Posso tratar de uma DST com remédios caseiros?
Salvo sobre explicita recomendação e acompanhamento médico, você não pode tratar doenças sexualmente transmissíveis apenas com remédios caseiros. Eles são ótimos em muitas situações, mas podem ser ineficazes em outras.
Conheça alguns destes remédios caseiros:
- A gonorreia, por exemplo, é comumente tratada com o banho de assento de aroeira, que tem propriedades anti-inflamatórias;
- Compressas preparadas com as plantas Celidônia e Tuia, são eficazes no tratamento do HPV, pois conseguem combater o vírus;
- O chá de cavalinha com rosa de mosquetá já é indicado para tratamento do herpes genital;
Se o seu médico autorizar, não há problema algum de usar estes e tantos outros remédios caseiros para tratar qualquer uma das doenças sexualmente transmissíveis.
Só fique atento para seguir rigorosamente as receitas de cada remédio, para garantir a eficiência do mesmo.
Fatores de risco
Temos que considerar que algumas práticas sexuais colocam o indivíduo dentro de uma classe de fatores de risco. Muita gente pensa que a penetração é a principal maneira de contágio.
Pode até ser considerada como a principal, mas existem outras formas, sexualmente falando, de contágio que são igualmente perigosas e requerem atenção. Conheça-as:
- Sexo Oral: é comum considerar o sexo oral com baixíssimo risco de contaminação de qualquer DST. Esta afirmativa até tem sua razão, mas você não está 100% livre do risco de contrair uma doença sexualmente transmissível através do sexo oral.
Sexo oral sem proteção pode transmitir a gonorreia, a clamídia e a sífilis, por exemplo, além do herpes, HPV, entre outras. Higienização correta, preservativos, etc., ajudam a evitar o contágio.
- Sexo Anal: se há penetração, há riscos inerentes e, inclusive, no caso do sexo anal, você pode ter ainda uma IST – Infecção Sexualmente Transmissível, além do risco de uma DST.
As mais comuns são a clamídia, hepatite B, Aids, sífilis, herpes genital e as verrugas genitais.
- Sexo vaginal: há a penetração, então o risco está presente. Todas as DSTs podem ser transmitidas com o sexo vaginal sem proteção.
- Higiene: pouca higiene ou a falta total dela aumenta significativamente o risco de transmissão, seja na condição de sexo oral, anal ou vaginal. Fique atento à sua higiene bem como a do seu parceiro (a).
- Vários parceiros sexuais: em geral, mais de 4 parceiros no mesmo ano, já é o suficiente para você se enquadrar nos fatores de risco. Mas atenção: mesmo para os monogâmicos, há riscos de contágio.
Não se trata de traição do parceiro, mas muitas doenças não se manifestam inicialmente ou mesmo ficam por um período incubadas. Se ocorrer, o casal deve procurar orientações médicas.
- Vibradores e brinquedos sexuais: se higienizados adequadamente, não representam qualquer ameaça. No entanto, se compartilhados frequentemente e na ausência de uma correta higienização, há riscos sim de contaminação.
Formas de prevenção das DSTs
Prevenir as doenças sexualmente transmissíveis não é um “bicho de 7 cabeças”, ou melhor, é mais simples do que se pensa. O preservativo é a principal defesa sobre qualquer tipo de transmissão de doenças sexuais.
Mas você precisa analisar outras questões inerentes, como:
- Você faz parte de algum fator de risco? Se sim, redobre sua atenção com a prevenção.
- Você cuida adequadamente de sua higiene? Não é apenas a higiene na hora do ato sexual. Usar banheiros públicos, por exemplo, pode representar um grande risco de transmissão. Assim, antes de urinar, lave suas mãos e lave-as novamente quando terminar.
- Você compartilha objetos sexuais ou roupas íntimas? Não é o ideal, mas se isto acontece redobre sua atenção com a correta higienização.
- O uso de agulhas e seringas. Também envolve certo risco de transmissão, inclusive na transfusão de sangue. Se você usa alguma droga injetável, por exemplo, prefira sempre seringas e agulhas descartáveis.
Em suma, previna-se adequadamente mantendo sempre preservativos no bolso ou na carteira. Esqueceu a camisinha, acabou, vai rolar aquela grande transa com a garota mais fashion do lugar? Se não houver segurança, pare tudo.
O preço que você poderá pagar depois desta única transa pode ser bem alto. Então, pense nisso. O infectologista Lourival Marsola participou do quadro ‘Fala Saúde’ do Jornal Liberal 1 discutindo sobre as prevenções das DSTs e esta matéria está no site do G1.com. Dá uma lida, é importante.
Rolou um sexo desprotegido. Estou contaminado por uma DST?
Calma, também não é assim. Claro, se “rolou um sexo desprotegido”, você já sabe de antemão que está dentro dos fatores de risco para contrair qualquer uma das doenças sexuais já citadas acima.
Mas você pode seguir um passo-a-passo bem simples:
- Seu parceiro ou parceira já era conhecido seu? Se sim, seja direto, pergunte se tem ou teve alguma doença sexualmente transmissível. Mesmo que não seja conhecido, vale a pena perguntar, afinal, o risco é mútuo, não é mesmo?
- Se o parceiro (a) for contaminado pelo HIV, ou mesmo outra doença sexual qualquer, procure ainda dentro das 24 horas um posto médico e relate o ocorrido. Aliás, o teste do HIV deve ser feito sempre que houver uma relação sexual desprotegida.
- Se não há certeza de riscos, aguarde 7 dias. Neste período as principais doenças se manifestam. Na dúvida, se nada ocorrer, faça um teste de DSTs com seu médico, inclusive da Aids.
- De três a seis meses depois da relação sexual desprotegida faça novos testes de DST. Embora a clamídia e a gonorreia, por exemplo, possam ser reveladas já num primeiro teste, a sífilis e a hepatite B podem levar até seis semanas, ou mais, para se desenvolverem no organismo do indivíduo e o HIV pode levar até três meses.
O Dr. Lucas F. Gomes, no vídeo abaixo, fala mais sobre os sintomas das principais DSTs. Vale a pena assistir.
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