Aprenda Como Lidar com o Herpes em 10 Passos Super Simples
O herpes é uma doença viral que afeta principalmente a região genital ou os lábios. Muitas pessoas têm dificuldade em lidar com a doença, principalmente quando se busca tratamentos para herpes genital ou labial.
E o pior e que pode agravar ainda mais os sintomas é que a infecção, quando tratada de maneira incorreta, tende a aumentar, formando verdadeiras feridas que incomodam bastante.
Neste artigo, vamos falar mais sobre o herpes, de uma maneira geral, explicar as principais causas da doença, seus sintomas mais comuns e como tentar amenizá-los e os possíveis tratamentos para herpes genital ou labial em 10 passos bem simples.
O que é Herpes?
Herpes é uma infecção viral causada principalmente por dois vírus específicos: os vírus “HSV-1 e 2”, que são o Herpes Simples 2, que ataca os órgãos genitais, e o Herpes Simples 1, que atinge várias outras regiões como a boca, gengivas e há casos ainda, considerados raros, que atingem os olhos e o cérebro, causando inflamações sérias (chamada encefalite).
O segundo vírus é o Varicela-Zóster (VVZ), que causa catapora (a varicela) e também o popularmente conhecido cobreiro (herpes zóster). (Confira mais sobre o assunto no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD).
Apesar de muitos estudos recentes e muita tecnologia (segundo o Correio Braziliense, uma equipe americana encontrou recentemente uma substância capaz de eliminar o patógeno do herpes em células humanas e de ratos), o herpes é uma doença transmissível que ainda não tem cura.
Não tem cura pois não existe remédio antiviral que seja capaz de erradicar totalmente o vírus do organismo. Apesar disso, existem muitas formas e alternativas possíveis de tratamento, que conseguem combater eficientemente o vírus.
Aproximadamente 90% de toda a população do mundo possui o vírus do herpes, seja genital ou labial. O curioso de tudo é que apenas 20% dessas pessoas desenvolvem a doença, em seus diversos estágios.
As demais pessoas podem permanecer com o vírus incubado ou adormecido por anos, sem qualquer manifestação. Estilo de vida, alimentação, exercícios físicos, entre outros fatores, podem influenciar na manifestação ou não da doença.
As Principais Causas da Doença
Como já dito, a doença é causada pelo vírus da família herpeviridae e é facilmente transmitido pelo contato físico direto, independentemente de haver no transmissor alguma infecção ou machucado exposto. Objetos pessoais, copos, etc., também podem transmitir a doença.
O herpes é considerado uma DST (Doença Sexualmente Transmissível) e, assim sendo, atinge os órgãos genitais femininos e principalmente os masculinos. A doença pode aparecer ou ficar em um estado de hibernação.
Fatores do entorno como estresse, febre, falta de higiene, traumatismos, exposição excessiva ao sol, uso prolongado de remédios e/ou antibióticos, entre outros motivos, podem fazer com que a doença saia de sua hibernação, manifestando-se.
Os mais Comuns Sintomas da Doença
Os primeiros sintomas podem se manifestar no corpo como um todo, com febres, dores de cabeça, mal-estar, entre outros. Logo surge os primeiros sinais da doença exatamente no local afetado, seja labial ou genital, que são os mais comuns.
Geralmente manifesta-se com muita coceira, formigamentos e ardor no local, surgindo bolhas na sequência. Quando as bolhas se vão, surgem algumas feridas, mas, em geral, não deixam cicatrizes.
O herpes, além de infectar os lábios e regiões genitais, em alguns casos, pode atingir outros locais do corpo como os olhos, nariz, coxas e nádegas. O perigo é que você mesmo pode provocar esta contaminação.
Portanto, sempre que surgirem o herpes, evite passar a mão e/ou lave-as muito bem constantemente e, aos primeiros sintomas da doença, procure seu médico.
Existem casos mais graves onde a doença avança a tal ponto em que nem mesmo medicamentos terão efeito sobre as sequelas, que podem ser muitas vezes irreparáveis. Fique bem atento.
O Dr. Esper Kallás é médico infectologista, professor da Universidade Federal de São Paulo e pertence ao corpo clínico do Hospital do Servidor Público de São Paulo e do Hospital Sírio-Libanês.
Em uma entrevista muito interessante que fez ao Dr. Drauzio Varella em 2015, o Dr. Kallás fala mais sobre a doença, seus sintomas e tratamentos e principalmente sobre o vírus herpes-zóster (da catapora). Vale a pena dar uma lida.
Como Tratar a Doença: 10 Passos para Lidar com o Herpes
O herpes, de um modo geral, incomoda muito quem tem a doença. Há de se considerar que o herpes genital, por exemplo, pode até incomodar mais, pois a região é bastante sensível, bem mais que os lábios.
Há uma matéria muito interessante que fala sobre transmissão do herpes genital e que pode acrescentar muito sobre o assunto. Prevenir ainda é o melhor remédio, não é mesmo? Dá uma conferida na matéria!
Devemos lembrar que o herpes não tem cura. Assim, os 10 passos a seguir têm por objetivo apenas diminuir o desconforto na área afetada, durante as crises infecciosas. E lembre-se de consultar o seu médico dermatologista assim que os primeiros sintomas da doença surgirem…sempre!
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O Gelo:
O gelo pode amenizar a ardência ou mesmo dor na região afetada. A baixa temperatura na região auxilia no tratamento e no alívio da dor. Não há contraindicação. Só lembre de secar o local após a uso do gelo e de aplicar o remédio que foi recomendado por seu médico em seguida.
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Higienização:
A higienização, na verdade, é importante antes, durante e depois do problema, principalmente quando estamos falando do herpes genital. Sabemos que este tipo de herpes é sexualmente transmitido, o que só intensifica a necessidade de uma higienização adequada.
Tratamentos para herpes genital devem ser feitos sempre sob recomendações médicas. O aciclovir, por exemplo, é uma droga muito usada para o tratamento do herpes genital. Sua utilização ou não requer análises clinicas do seu médico.
No caso do herpes labial, a higienização, apesar de mais simples e fácil, também se faz necessária. Lave cuidadosamente seus lábios com água e sabão neutro e depois administre o remédio. (Geralmente remédios antivirais, sempre recomendados por seu médico).
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Jamais fure as bolhas:
Se você furar as bolhas, além de poder provocar feridas e sangramentos, vai estar retardando o tratamento. O ideal é que, aos primeiros sinais do problema, você já administre um remédio (geralmente uma pomada antiviral) para já ir combatendo o vírus.
E repetindo: sempre é bom e necessário ter um acompanhamento médico, principalmente na prescrição dos remédios e principalmente também se seu herpes for o genital.
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Substitua sua escova de dentes:
Isso mesmo. Sua escova de dentes pode alojar o vírus do herpes por dias, reinfectando-o depois de ter curado o herpes atual. Roupas íntimas, quando do tratamento para herpes genital, também devem ser lavadas e higienizadas em separado.
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A Vaselina:
O uso da vaselina, quando estamos falando do herpes labial, pode ser muito útil, isto porque ela vai colaborar para manter a região hidratada e limpa. Lembre-se apenas de passar a vaselina com a ajuda de uma haste de algodão, por exemplo, para não infectar o pote do produto (se isto acontecer, descarte-o).
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Inclua Lisina em sua Dieta Diária:
A lisina, para quem não sabe, é um dos aminoácidos mais importantes que compõem as proteínas. Ela é fartamente encontrada em carnes magras, queijo, frango, mariscos, ovos, peixes, carne de porco, entre outros.
Para quem tem 3 ou mais manifestações de herpes ao ano, recomenda-se incluir a lisina em sua dieta diária, como uma espécie de suplemento alimentar. Consulte seu médico a respeito.
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Evite o Aminoácido Arginina:
Podemos dizer que a arginina é a melhor amiga do herpes. Ao contrário da lisina, a arginina, que também é um aminoácido, mas encontrada em outros alimentos, é essencial ao metabolismo do herpes, favorecendo o seu aparecimento e principalmente interferindo negativamente no tratamento.
Assim, quando estiver com lesões do herpes, evite comer chocolates, refrigerantes de cola, ervilhas, cerveja, amendoim, etc.
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Evite Sol e Excesso de Vento:
Excesso de calor, vento seco frio ou mesmo quente, entre outros, são condições climáticas que prejudicam o tratamento do herpes. Se não houver como evitar estas condições climáticas, proteja adequadamente a lesão (vaselina ou mesmo a pomada antiviral receitada por seu médico).
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Evite os Alimentos Industrializados:
Uma maneira de evitar, de um modo geral, a arginina é tirar a maioria dos alimentos industrializados de sua dieta, pelo menos enquanto estiver com as lesões.
E para reduzir significativamente a frequência do aparecimento do herpes, prefira alimentos ricos em vitamina C e, claro, os que contenham lisina.
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Tratar Herpes com Alho:
Já é sabido que o alho é um alimento importantíssimo, principalmente se levarmos em consideração as suas propriedades medicinais:
- Antisséptico, fungicida, bactericida, combate diversos vírus e bactérias, é antioxidante, fortalece o sistema imunológico e é responsável também por manter o sistema cardiovascular saudável.
Com tantos benefícios, claro que o alho também é bom para o herpes, principalmente por suas propriedades antibióticas, antimicrobianas e anti-inflamatórias, ajudando a secar e cicatrizar as feridas do herpes, tanto labial como tratamento para herpes genital.
Corte um pedaço pequeno de alho e passe diretamente sobre a lesão do herpes. Se for um herpes genital, a ardência excessiva pode incomodar e, no caso, não passe mais o alho.
Outro ponto importante no tratamento do herpes é, fundamentalmente, manter a calma. Claro que dependendo da gravidade da lesão, dores intensas e incomodas vão fazer você lembrar da doença o dia todo.
No entanto, estressar-se não vai adiantar. O melhor mesmo é tentar esquecer que o herpes está lá. Use e abuse destes 10 passos para tentar amenizar da melhor forma possível o problema.
Geralmente a ferida cessa em uma ou duas semanas. Se isto não acontecer ou se a lesão piorar, volte com seu médico o mais rapidamente possível.
Prevenindo o Herpes
A prevenção sempre será o “melhor remédio”. No caso do herpes, existem algumas atitudes bem simples que podem evitar de você ter o contato com o vírus e, consequentemente, com a doença. Confira:
- Uso de preservativos: o herpes genital é sexualmente transmissível. Lembre-se sempre de usar um preservativo em suas relações sexuais.
- Evite usar copos que outras pessoas já usaram: é muito comum disto ocorrer em festas. Mas evite, sempre que possível. Objetos pessoais, principalmente quando você não conhece a pessoa, também devem ter o uso evitado.
- Cuidados com higiene e atenção aos hábitos diários pode ajudar na prevenção da doença. E lembre-se: o beijo também pode transmitir o herpes e, portanto, evite beijar a boca de alguém com lesões.
Quando há a manifestação da doença, através das lesões labiais ou genitais, a contaminação pelo vírus é bem grande e todo cuidado é pouco. Em seu estado de hibernação, a contaminação não é tão fácil, mas ainda existe esta possibilidade.
O herpes é sim um problema que incomoda. Só quem tem pode dizer com mais exatidão o quanto é ruim, mas dá para amenizar os problemas e os impactos da doença quando ela se manifesta.
Leia Também: O que é dispareunia e como ajudar a parceira a superar o problema
De sua parte, procure consumir mais vitaminas e nutrientes e proteja o seu mecanismo imunológico, pois, quando este está enfraquecido, a tendência do surgimento do herpes é maior.
E proteja seu parceiro sexual, mesmo que você esteja com o vírus hibernando, pois ainda assim há riscos de transmissão.
Ao contrário, caso não tenha o vírus, lembre-se dos preservativos, essenciais não só por causa do herpes, mas também por outras inúmeras doenças sexualmente transmissíveis.
Tanto em casos mais simples como nos mais agressivos, as orientações médicas se fazem necessárias.
Assista um vídeo do Dr. Drauzio Varella que fala mais a respeito deste problema:
Como você pode perceber, existem tratamentos para herpes genital e labial, além de diversas maneiras de evitar e controlar a doença. Sexo é prazer e você não precisa deixar de fazer sexo por conta do vírus do herpes. Basta se prevenir adequadamente.
E por falar em sexo, você sabe quais são as principais zonas erógenas do corpo da mulher e do homem? Não? Então descubra os segredos destas zonas erógenas em nosso próximo artigo.
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